
Nova York já não era a mesma. Naquela nublada noite de sexta-feira,
Nicholas havia acordado e estranhado a ausência de estrelas no céu.("-A chuva será forte hoje" pensou). Ele era um empresário de renome, dono de uma das maiores empresas mundiais de software.
Grande acumulador de riqueza, ostentador e belo.Um detalhe de
Nicholas que talvez seja necessário ser revelado agora para entender então o desenrolar da historia, ele era um vampiro. Com sua sede pela riqueza, nunca se importou em pisar em reles mortais para continuar sua fortuna, as vezes as más línguas contavam que se alimentava de sócios ladrões.
Mas naquela sexta feira, como dito anteriormente, já não era mais a mesma. Ao perceber que estava tudo muito estranho por volta de 20:36, foi ao escritório
checar suas
correspondências. Um de seus vários empregados, entra na
sala com uma bandeja de prata, que tem ao centro uma carta selada. Selo de cera, com um brasão.
Ao reconhecer o brasão rapidamente abriu a carta, com certa excitação quanto ao conteúdo. Mas logo essa excitação foi tomada por preocupação.
O conteúdo da carta era simples e
direto. Ele havia sido convocado pelo
Príncipe da cidade. Deveria então se
apresentar à sede do governo naquela noite.
Depois da
rápida leitura e do entendimento das instruções porém ignorou um pedido da carta :"Teria que levar sua antiga companheira ao encontro". Terminada a leitura, já saiu em
direção a sede com um dos seus carros da
coleção.
No mesmo bairro e na mesma hora,
Lyra,uma mulher muito bela pra qualquer padrão de beleza mundano, alguns mortais arriscava lhe dar beleza divina. Acomodada em seu divã de pele de leopardo importado a uma semana da Europa. Ela admirava a cópia da sua mais nova aquisição, uma obra de
Claude Monet. O quadro se chama
Madame Monet en costume japonais (Os quadros originais eram mantidos em cofres especiais). O quadro é datado de 1875,e foi
adquirido em um leilão no mercado negro. Ela pagou a bagatela de 1milhão e meio de dólares. Admirar tal quadro a deixava inebriada.
O ex-companheiro de
Lyra ,
Nicholas havia dado 50% de suas empresas parar ela, após receber
ameaças. Mas vampiros são frios e
inescrupulosos que não reagem bem à ameaças. Ele podia ter a matado mas isso o colocaria em posição
desfavoravel em relação ao Governo pois teria que explicar o motivo de ter matado uma companheira.
Lyra guardava em um cofre desconhecido informação sobre
contatos empresariais que
Nicholas tinha que sabiam que ele era um vampiro. Isso colocaria em risco toda a espécie se descoberto. Por esse medo,
Nicholas cedeu. Mas não satisfeito.
Em seu estado de felicidade
vampiresca por admirar tamanha beleza ela se sente absorta e não nota o transitar de empregados em sua mansão.
Enquanto isso
Nicholas atravessa a cidade e chega no endereço marcado, uma enorme mansão nos bairros mais nobres de Nova York. Uma linda casa com entrada colossal.
Pilastras de
mármore importada com janelas em tom creme. Pela janela notava as enormes cortinas vermelhas de veludo que desciam do
teto e se estendiam ao chão delicadamente perfeita.
Andando pelo perfeito jardim, sobe a escadaria de cerâmica
egípcia. Olhando para cima, dois homens faziam a segurança desnecessária da entrada da grande mansão.
Lhe entregaram uma capa preta e uma mascara, sem precisar de nenhuma explicação, vestiu-se e entrou.
Todos ali estavam como ele, menos o
Príncipe. O senhor dos vampiros da cidade.
Alguns minutos depois o
Príncipe se levanta. Faz um delicado, quase
imperceptível, sinal para que a música
clássica parasse. Adquire então toda a atenção e silêncio. Com sua voz melodiosa sarcasticamente educada, ordena:
"-
Nicholas, ao centro."
E então sem qualquer demora de entendimento,
Nicholas fica ao centro da sala.
Ninguém o olha a não ser o
Príncipe. Todos olham para baixo.
Então, descendo 5 degraus de seu altar, flutuando com velocidade
sobre humana mas normal para vampiros ele se aproxima de
Nicholas. Olhando
diretamente em seu
rígido rosto, esboça um pequeno sinal de irritação,logo percebido, e pergunta, num tom neutro.
"-Onde está
Lyra?"
(continua...)