domingo, 8 de agosto de 2010

Em aprovação.

Nova York já não era a mesma. Naquela nublada noite de sexta-feira, Nicholas havia acordado e estranhado a ausência de estrelas no céu.("-A chuva será forte hoje" pensou). Ele era um empresário de renome, dono de uma das maiores empresas mundiais de software.
Grande acumulador de riqueza, ostentador e belo.Um detalhe de Nicholas que talvez seja necessário ser revelado agora para entender então o desenrolar da historia, ele era um vampiro. Com sua sede pela riqueza, nunca se importou em pisar em reles mortais para continuar sua fortuna, as vezes as más línguas contavam que se alimentava de sócios ladrões.
Mas naquela sexta feira, como dito anteriormente, já não era mais a mesma. Ao perceber que estava tudo muito estranho por volta de 20:36, foi ao escritório checar suas correspondências. Um de seus vários empregados, entra na sala com uma bandeja de prata, que tem ao centro uma carta selada. Selo de cera, com um brasão.
Ao reconhecer o brasão rapidamente abriu a carta, com certa excitação quanto ao conteúdo. Mas logo essa excitação foi tomada por preocupação.
O conteúdo da carta era simples e direto. Ele havia sido convocado pelo Príncipe da cidade. Deveria então se apresentar à sede do governo naquela noite.
Depois da rápida leitura e do entendimento das instruções porém ignorou um pedido da carta :"Teria que levar sua antiga companheira ao encontro". Terminada a leitura, já saiu em direção a sede com um dos seus carros da coleção.

No mesmo bairro e na mesma hora, Lyra,uma mulher muito bela pra qualquer padrão de beleza mundano, alguns mortais arriscava lhe dar beleza divina. Acomodada em seu divã de pele de leopardo importado a uma semana da Europa. Ela admirava a cópia da sua mais nova aquisição, uma obra de Claude Monet. O quadro se chama Madame Monet en costume japonais (Os quadros originais eram mantidos em cofres especiais). O quadro é datado de 1875,e foi adquirido em um leilão no mercado negro. Ela pagou a bagatela de 1milhão e meio de dólares. Admirar tal quadro a deixava inebriada.
O ex-companheiro de Lyra , Nicholas havia dado 50% de suas empresas parar ela, após receber ameaças. Mas vampiros são frios e inescrupulosos que não reagem bem à ameaças. Ele podia ter a matado mas isso o colocaria em posição desfavoravel em relação ao Governo pois teria que explicar o motivo de ter matado uma companheira.
Lyra guardava em um cofre desconhecido informação sobre contatos empresariais que Nicholas tinha que sabiam que ele era um vampiro. Isso colocaria em risco toda a espécie se descoberto. Por esse medo, Nicholas cedeu. Mas não satisfeito.
Em seu estado de felicidade vampiresca por admirar tamanha beleza ela se sente absorta e não nota o transitar de empregados em sua mansão.
Enquanto isso Nicholas atravessa a cidade e chega no endereço marcado, uma enorme mansão nos bairros mais nobres de Nova York. Uma linda casa com entrada colossal. Pilastras de mármore importada com janelas em tom creme. Pela janela notava as enormes cortinas vermelhas de veludo que desciam do teto e se estendiam ao chão delicadamente perfeita.
Andando pelo perfeito jardim, sobe a escadaria de cerâmica egípcia. Olhando para cima, dois homens faziam a segurança desnecessária da entrada da grande mansão.
Lhe entregaram uma capa preta e uma mascara, sem precisar de nenhuma explicação, vestiu-se e entrou.
Todos ali estavam como ele, menos o Príncipe. O senhor dos vampiros da cidade.
Alguns minutos depois o Príncipe se levanta. Faz um delicado, quase imperceptível, sinal para que a música clássica parasse. Adquire então toda a atenção e silêncio. Com sua voz melodiosa sarcasticamente educada, ordena:
"- Nicholas, ao centro."
E então sem qualquer demora de entendimento, Nicholas fica ao centro da sala.
Ninguém o olha a não ser o Príncipe. Todos olham para baixo.
Então, descendo 5 degraus de seu altar, flutuando com velocidade sobre humana mas normal para vampiros ele se aproxima de Nicholas. Olhando diretamente em seu rígido rosto, esboça um pequeno sinal de irritação,logo percebido, e pergunta, num tom neutro.
"-Onde está Lyra?"


(continua...)

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