quinta-feira, 30 de dezembro de 2010


Era uma vez uma garota estranhamente normal. Sem grandes atrativos físicos nem muita popularidade como o mundo exige. Ela era... ela! Não gritava aos quatro ventos que era única, até se sentia bem por saber que existiam pessoas como ela. Nunca foi muito boa com horários nem promessas, lembrar de datas? Impossível! Era assim que levava a vida, sempre imaginava uma estrada com um lindo campo, as vezes tinha uns pequenos desvios, outras vezes algumas tempestades a impediam de seguir em frente por um tempo mas, sempre conseguia ver a linda estrada. Nunca importou muito como era a pessoa com quem, de vez em quando, dividia o caminho, era apenas importante saber conversar. Uma vez um estranho se aproximou mas não era bom de conversa, não demorou muito pra perder o lugar.
Ela sempre dizia que todo mundo gosta de conversar, seja sobre zumbis, estrelas ou qualquer coisa explosiva, todo mundo tinha algo pra compartilhar e era isso que ela absorvia, conversas. E ela adorava quando conversava com seu amigo estranho sobre conspirações, sentimentos e atitudes...
Uma certa vez quando chovia um bocado ela e seu amigo estranho tiveram que fazer uma pausa na caminhada, encontraram uma tenda na beira da estrada, meio velha e com goteiras mas, naquele momento era suficiente. Sentaram na única madeira que tinha como banco e como sempre conversaram. Falaram sobre amor, paixão e Segurança. E ela percebeu uma coisa estranha naquele seu amigo estranho, ele tinha os olhos mais lindos e sinceros que ela já tinha visto até então. Tentava prestar atenção na conversa mas, constantemente era atraída pelo olhar. Foi então que como um trovão ela se deu conta, não eram os olhos apenas que eram sinceros e bonitos. Era todo o caminho percorrido até agora, as risadas e piadas, carinho e amizade. Era uma soma das estrelas que conseguiam ver, era um campo lindo e florido, era o céu depois da tempestade...era tudo que considerava lindo e importante. Era aquele momento, era aquele suspiro e era aquele amigo estranho. E foi então que entendeu como é... amar alguém, daquele jeito incomum, sem planos, do jeito que chuva chega em dia de verão... de repente.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


-Deus não existe ou nos ignora...

- Deus existe, se não, não teríamos um coração tão forte.

(Banquete de amor.)