sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A mesma sensação...

Alguns vão entender e conseguir ver o que digo.

É aquela sensação estranha de subir a rua de casa em pleno domingo a tarde, tudo silencioso, tudo vazio e amarelado pelo por-do-sol.
É a sensação de abrir a porta sem menor vontade de entrar de verdade e quando a porta se fecha nas suas costas você vê tudo quieto novamente. Sozinho, de novo.

Passar pela sala e ver os retratos, tão velhos. Suas bordas irregulares e manchadas pelo tempo.
Festas, Baile, Bodas e aniversários infantis.

Indo pro quarto, um lugar menor pra sentir o tempo apertado entre o sufoco e o barulho que meus passos faziam.
A meia luz sempre foi encantadora pra mim.

Em cima da mesa ainda estão os rascunhos daquela carta que não consegui entregar
Na minha prateleira de cima estão suas coisas, velhas lembranças de quando acreditávamos ter encontrado a felicidade.
Mas você se foi levando o gosto dos beijos que eram tão simples e perfeitos.
Você deveria ter me levado.

Eu já me sinto morto mesmo.

o resto é só questão de coração batendo.





(ps: só porque escrevo coisas tristes, não quer dizer que me sinto assim.)

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