A lágrima que mais dói não é aquela que na face escorre
A que mais nos corrói é a lágrima disfarçada
Aquela que é sustada, que não pode aparecer
Que morre na garganta, sufoca, explode, espanta.
Procura disfarçar num riso desapontado
Ou num olhar desviado, não podendo soluçar
É a que por dentro, num solavanco mudo, parece que rompe tudo
Em borbotões de soluços, o pranto vai envolvendo
Como é difícil enganar...
Não é a lágrima caída que é a mais dolorida
É aquela que é engolida e que por dentro escondida faz o peito soluçar
Enquanto o riso aflora o coração é que chora, sem poder demonstrar
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